Quilombo em Ubá é reconhecido como patrimônio imaterial
Registro foi aprovado pelo Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural
Publicado em 31/10/2024 10:57 - Atualizado em 31/10/2024 14:05
Foto retirada do Processo de Registro de Bens Imateriais
Foto retirada do Processo de Registro de Bens Imateriais
Foto retirada do Processo de Registro de Bens Imateriais
A Prefeitura de Ubá e o Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural (CODEMPAC) formalizaram o reconhecimento do Quilombo Namastê como patrimônio cultural imaterial do município. A decisão, aprovada pelo Conselho, foi homologada pelo Prefeito Edson Teixeira Filho por meio do Decreto Nº 7.367/2024, publicado no Diário Oficial Eletrônico em 22 de outubro de 2024.
As discussões em torno do registro como patrimônio cultural imaterial tiveram início em 2017, voltando a ganhar força em 2023 com a mobilização da Associação Quilombola Namastê. Desde então, o processo envolveu um detalhado levantamento histórico, técnico e etnográfico, realizado pela equipe técnica de Patrimônio Cultural de Ubá, que acompanhou as práticas e manifestações culturais da comunidade, reconhecendo a importância de suas celebrações e atividades religiosas.
Além de promover as tradições e saberes afro-brasileiros em Ubá, protegendo a história e a memória da comunidade quilombola, essa certificação fortalece ainda a identidade cultural do município, dá mais visibilidade às suas comunidades tradicionais e reforça a inclusão o Quilombo Namastê nas políticas de patrimônio cultural, como o Programa ICMS Cultural, ampliando as ações de preservação da cultura local.
Quilombo Namastê / Quilombo do Corte Grande
Localizado no histórico território do Corte Grande que abrange os bairros Da Luz, Cristal e Agroceres, a comunidade foi formalizada como Associação Quilombola Namastê em 2008, sob a liderança de Maria Luiza Marcelino.
Atualmente o Quilombo Namastê concentra cerca de 300 famílias. Suas expressões culturais são vastas, incluindo o teatro quilombola, capoeira, jongo, maculelê, danças afro-brasileiras, saberes sobre ervas medicinais e uma escola de samba. Além disso, a comunidade é representada pela Associação Quilombola Namastê, que promove atividades de valorização cultural e educação em prol da igualdade racial e dos direitos quilombolas. Em 2009, o quilombo foi certificado pela Fundação Cultural Palmares, destacando-se como um importante marco de resistência cultural afro-brasileira.
Assim como outras comunidades quilombolas em Minas Gerais, o Quilombo Namastê é um dos poucos territórios afrodescendentes em processo de reconhecimento na Zona da Mata mineira.
CLIQUE AQUI e acesse o processo de registro de bens imateriais na esfera municipal do Quilombo Namastê.
por Assessoria de Comunicação da PMU